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Tumores oculares

O que é tumor ocular?

Doença rara e de prognóstico desfavorável quando diagnosticado em fase avançada. Geralmente, se origina a partir da proliferação das células malignas nas diferentes estruturas do olho. Em adultos, a maioria dos tumores oculares são secundários ou metastáticos, ou seja, se originam em outras partes do corpo, como pulmão, mama, rim, próstata, e se disseminam pelo organismo através da corrente sanguínea e sistema linfático até as estruturas do olho. Dentre os tumores primários (intraoculares), que se originam a partir dos tecidos oculares, o melanoma e o retinoblastoma são os tipos mais frequentes.

Melanoma

O melanoma de coróide é o tumor primário intra-ocular mais comum em adultos, com incidência calculada em 6 casos para cada milhão de habitantes. Incide igualmente em homens e mulheres entre os 45 e 60 anos de idade.  Geralmente é assintomático, mas pode se manifestar com queda da visão caso apresente-se associado a descolamento da retina, ou quando ele é muito grande produzindo uma sombra na visão. Os exames oftalmológicos para o diagnóstico são: Retinografia, Ultra-som e Mapeamento da Retina.
É um tumor grave que pode causar metástases no fígado, cérebro ou pulmões, por esse motivo, deve-se realizar mapeamento do abdômem, tórax e crânio, por meio de tomografia, ressonância magnética e provas da função hepática por meio de exames de sangue a cada 6 meses no pacientes com a presença do tumor.

Tratamento
Para o tratamento dos casos de melanoma de coróide, pode ser utilizado placas radioativas (Ex: iodo-125, cobalto-60 ou rutênio), termoterapia transpupilar, enucleação, exenteração, quimioterapia ou imunoterapia, dependendo das características do tumor. Para os melanomas pequenos a opção de tratamento é a termoterapia transpupilar, para os tumores de tamanho médios é indicada a braquiterapia ocular (radiação no tumor) e, para os grandes, a enucleação (remoção do globo ocular).

Retinoblastoma

Câncer ocular que atinge as células da retina. Ele tem origem genética e é causado pela mutação de um gene do cromossomo 13. Em 10% dos casos é transmitido por hereditariedade. Os outros 90% têm causas desconhecidas. Ele pode se manifestar desde o nascimento ou surgir durante os 3 primeiros anos de vida. Pode atingir os dois olhos ou apenas um deles. Os sinais de retinoblastoma são: presença de um brilho branco e perda do reflexo vermelho na pupila, semelhante a um olho de gato no escuro ou a uma luz branca que pisca dentro da “menina dos olhos”. Ele também pode ser caracterizado por um estrabismo precoce.  O Retinoblastoma pode ser identificado através de uma fotografia. Quando a luz do flash da câmera bate sobre os olhos e reflete um ponto branco na pupila, representa o reflexo da luz sobre a superfície do próprio tumor. Ao notar esse sintoma procure um oftalmologista para realizar os exames necessários e diagnosticar rapidamente a doença. O diagnóstico é feito pelo exame do fundo do olho, em geral complementado pela ultrassonografia ocular e pela tomografia por computador, do olho, órbita e sistema nervoso central. O retinoblastoma pode evoluir, invadir o nervo óptico e alcançar o cérebro, podendo ainda atingir outros órgãos e ser fatal. O tratamento depende do seu estágio de evolução, resultados melhores são obtidos nos estágios iniciais da doença. Quando há invasão do sistema nervoso central ou outros órgãos são atingidos, usa-se quimioterapia e radioterapia no tratamento.